domingo, 6 de julho de 2014

Nossas Crianças

Temos três filhos: Khaleesi, uma cadelinha mestiça de Basset, com 9 meses de idade; e Kitty, um gatinho também mestiço, com 7 meses. O terceiro, Hades, um gato Chateaux Azul, com pouco mais de 1 ano, não está mais morando conosco nos ultimos meses. 
Ares e Athena
Há um ano e meio atrás, vivíamos meu irmão e eu, e tinhamos dois gatos: Ares e Athena. Um dia os dois desapareceram. Ficamos preocupados e muito tristes, nunca soubemos o que aconteceu. Na época, eu tinha acabado de conhecer a Balu, e começamos a namorar pouco tempo depois disso. Certo dia, um gato cinza muito bonito apareceu em nossa casa. Ainda filhote, devia estar com menos de 2 meses, meu irmão e eu o adotamos. Demos a ele o nome de Hades. Meu irmão ficou muito apegado a ele, mas foi passar uma temporada na Suíça. 
Hades
Devido a isso, Balu e eu ficamos com o bichano. A princípio ele ficou muito triste, pois perdeu a pessoa mais próxima a ele. E mais, ele não gostava muito da Balu, talvez achasse que ela estava querendo substituir o meu irmão, ou que estivesse me tomando dele. Com o passar dos meses ele foi se acostumando pois nós o tratavamos como um filho, assim como meu irmão fazia.
Khaleesi
Em um belo dia de meados de Dezembro, Balu e eu estavamos procurando um dentista na região quando passamos em frente a uma humilde Pet Shop. Numa gaiolinha estava uma cadelinha de menos de 2 meses. Achamos ela linda, e Balu disse que queria muito ter uma cadelinha, mas nunca pôde. Eu achei ela linda, e gostei dela logo de cara. Entre as duas, porém, foi amor a primeira vista. A batizamos de Khaleesi, uma homenagem a uma personagem de Guerra dos Tronos. Por incrível que pareça, não foi difícil acostumar nossos dois filhos um com o outro. Eles se deram muito bem, brincávam a todo instante. Muitas vezes ele dormia dentro de casa, mas tarde da noite, esperava ela ir dormir para ir dormir junto com ela. Tudo parecia um mar de rosas... mas a paz não duraria por muito tempo.
Kitty
Certo dia, Balu estava trabalhando numa mercearia próxima de casa, e uma ninhada de filhotes de gato havia sido abandonada nas proximidades. Não tinhamos condições de adotar mais filhotes, mas isso pesou tanto nos nossos corações que decidimos adotar pelo menos uma fêmea. Queríamos uma fêmea porque, além de sabermos que um macho poderia causar atrito com o Hades, ela poderia ser uma companhia e futura namoradinha dele. Mas, o atrito veio, e não sabíamos porque. Kitty, como a chamamos, tinha medo de tudo. Vivia arrepiada e parecia uma bombinha, explodindo a toda hora. Khaleesi queria muito brincar com ela, mas não conseguia, por causa de todo esse medo. Hades, por outro lado, teve uma reação pior. Passou a não entrar em casa mais, a não ser em raros momentos, para comer. Não brincava mais com a Khaleesi, e não olhava em nossa cara por nenhum motivo. NENHUM. Quando iamos falar com ele, Hades virava a cara para o outro lado. Só dormia do lado de fora de casa. Nos raros momentos em que encontrava Kitty pela frente, queria atacá-la. Quando saíamos, deixávamos as portas e janelas fechadas, e a comida de Hades do lado de fora, com medo de que ele fizesse mau a ela enquanto não estávamos por perto.
As coisas começam a se acertar entre os bichanos
Custou, demorou, mas eles começaram a se acertar. Depois que Kitty se acostumou com Khaleesi, semanas de tentativas de aproximação por parte dela trouxeram algum resultado, e Hades já dormia em casa. Só não aceitava contato físico, mas essa situação também foi só uma fase, e logo os três já estavam se dando bem. Mas um dia nós descobrimos o motivo de tanta hostilidade entre as crianças.

Em dado momento, a gatinha Kitty teve uma ereção. Não desconfiávamos de que Kitty pudesse ser macho por causa de Hades: digamos que as características masculinas do bichano eram bastante avantajadas, e por isso esperávamos que qualquer outro macho também as tivessem. Ares também se destacava um pouco, mas Hades era muito sacudo. Kitty, do nosso ponto de vista, estava no meio do caminho com relação as características físicas que indicassem gênero. Agora, sabíamos que estavamos lidando com um jovem macho. Infelizmente ele já tinha se acostumado com o nome feminino, então pouco poderíamos fazer. 

Devido a acontecimentos posteriores, nos vimos obrigados a deixar a casa e ir morar em um apartamento com a família da Balu, e não poderíamos levar os meninos. Com muito custo nós conseguimos levar apenas Khaleesi e Kitty, enquanto Hades foi morar com minha mãe. Sentimos muita falta dele, mas sabemos que ele está mais feliz do que estaria num apartamento. Ele preza muito a liberdade, gosta de sair e voltar quando quer. Kitty por outro lado ainda era mais jovem, tinhamos mais tempo para adaptar ele a novos costumes. Khaleesi felizmente se adaptou bem, e nos dá pouco trabalho.
minha sogra com os dois netos dela
Muitos nos criticam, muitos não entendem, mas nós os temos como filhos para nós, e os tratamos assim. Temos muito carinho pelos nossos filhotes, amamos eles como amamos quaisquer parentes, conversamos e brincamos com eles. Defendemos eles como defenderemos nossos filhos, educamos eles como educaremos nossos filhos. E quando tivermos os nossos filhos, espero que os tratem como irmãos. 
Inseparáveis
Eles por sua vez nos veem como seus pais. Quando alguém da família está doente ou triste, eles são os primeiros a perceberem e a consolar. Se a Khaleesi presencia uma briga ou uma brincadeira que acha que é uma briga, sua primeira reação é tentar separar, lambendo a todos e, se não der certo, ela tenta atacar quem estiver sendo mais ofensivo. 
brincando de mordidinhas
Essa postagem é dedicada aos três. Obrigado Khaleesi, Kitty e Hades, e obrigado por nos trazerem felicidades com suas simples existências. Não temos palavras para lhes dizerem o quanto os amamos, mas não precisamos de palavras. Aprendemos com vocês que as palavras são o de menos quando se quer demonstrar carinho e amor.


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